FLORBELA ESPANCA

Sombria mensageira
das violetas
Seus amarelos
riem amarguras
Seus roxos
dizem prantos
e torturas
Seus vermelhos,
gargalhadas triunfantes

A poesia,
seu diário íntimo
Seu palpitar de ânsias
que fê-la mulher ardente
a clamar carícias
de um amor impossível

Tristeza tão grande
que desemboca
no derradeiro adeus...
Só trinta e seis anos!

Viveu pouco?
Foi intensa!
beleza carnal alentejana
que uma dose excessiva
de veronal
calou para sempre...

Mas sua alma vaga
em cada verso
de sua poesia...

Maria José Zanini Tauil

« Voltar