Autofagia na noite sem sorrisos
Um teto
um chão
um verso terminado
clarões por todo lado
onde o fio encantado que puxasse aquela asa?
onde a alavanca para abrir o chão?
onde o mar para reter nas ondas tal vulcão?
sem resposta, o enorme pássaro
engole-se na explosão
E a Vida se poupa de sorrisos.
Eliana Mora18/07/2007
Para os passageiros do vôo 5034 da TAM, série "Fatos e Poesia"