São Paulo

É o meu país amado
A minha casa querida
Vivo em suas avenidas
Como o sangue nas veias

Paulistano é um bicho estranho
Chega o feriado
O fim de semana
Ele arruma as coisas e viaja
Dizendo que quer sair do inferno

Mas logo deseja voltar
Tem de retornar
O dinheiro tá aqui
O serviço tambem
Bem ou mal

Somos parceiros e escravos
Desta cidade imensa
Onde nem a vista alcança
Nem do alto do Edificio Matarazzo
Ou do pico do Jaraguá

Cresci menino
Fiquei moço
Encontrei o amor
Casei,tive tres filhos
E agora envelheço

São Paulo não para
Vive de dia e de noite
Na loucura da sociedade
Espetáculo da modernidade
O pequeno mundo do homem

                                               Carlos Assis

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