Nobre Povo
E foi Abril nas faces confiantes
De um punhado de jovens capitães
Foi também um sorriso em tantas mães
Que estremeciam tristes e errantes
Foi a glória nas ruas e nas gentes
Ao ver tombar o ferrete odioso
Sem que uma gota de sangue valoroso
Fosse em vão derramada a sangue-quente
Depois foi liberdade desfraldada
Com alegria, com cravos, com palmas
Até esgotar-se o dia noutra madrugada
Descansou o país, a paz fez-se nas almas
Que jamais esta pátria libertada
Perca, na indignidade, a justa calma
A Portugal
Escrito no Brasil em 25 de Abril de 2007
Eugénio de Sá