FREUD
Nos sentimentos (por medonhos
que se afigurem) dorme nossa
imagem Lágrimas sem pranto
apagarm-na de forma brusca
Ou então amanhece e os sonhos
esfumam-se-lhe sem que possa
a resposta encontrar que tanto
(até mesmo dormindo) busca
Custa a reconhecê-los Vultos
ou são pessoas Labirintos
(ainda que postos em Creta)
dentro de cada um Ocultos
(minotauros) nossos instintos
Não os mata Só interpretaOctávio Mora
Do livro: "Pulso horário" , Orfeu, 1968, RJ