Saudade
Mas que saudade, que saudade a minha,
saudade imensa de sentir poesia,
poesia em tudo, assim como eu sentia
enquanto eu tinha o coração que eu tinha...Porque já tive um coração um dia,
que disparava, ou quase se detinha
se ela aos meus braços palpitante vinha,
e que ternuras doidas consumia...Vivia então constantemente imerso
na mágica do sonho, no universo do amor
ao ser que eu pressupunha meu...Não vivo mais. Vegeto, na esperança
Eno Teodoro Wanke
de achá-la ainda — à ladra que, tão mansa,
levou meu coração... Não devolveu...