SONETO DA SAUDADE

       À Carla

— Homem que sente amor, toda hora, a amada chama... —
Término desta tarde e eu canto de saudade
Sem que possas ouvir! Pássaro em liberdade
Hasteio no infinito, inspirada auriflama

Do momento saudoso a este homem que muito ama! 
Lá no infinito, o poema, em amabilidade,
Da saudade é escrito e, a todo o Céu invade
Para evocar a nós: — saudosa e amada Dama!

— Homem que sente amor, toda hora, a amada clama... —
Olha! Quanta saudade a arder no Céu, amada!
Toda estrela um sinal do poema no infinito!

Luz! Para iluminar, a saudade, no escrito,
E do tempo lembrarmos... Da estória encantada,
Que o Amor é personagem principal da trama...

                                                             Alexandre Tambelli
29/4/2007

 

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