O POETA

Sonha com poemas
e acorda na noite,
escrevendo com os dedos
versos no ar.
Adora
navegar sobre ondas de folhas em branco,
velejar nos cadernos novos,
pular sobre areias de palavras,
correr na praia procurando o Verbo.
Livros, cadernos, papéis e mais papéis...
Continua a lutar com ondas indomáveis,
organiza os termos,
mas só ancora no oceano dos sentimentos.
Nesse instante,
o poeta compreende o poder do caos primordial.

Isabel Furini


1º lugar no Concurso Estadual de Poesia de São José dos Pinhais/SP - 2002

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