Progressão geométrica

Foi em versos
Foi em vão
Era magia
Voraz

Foi assaz
Foi alegria
Era paixão
Anverso

E eu perplexo
Oferecendo ósculos
Recebendo amplexos

E eu inepto
Abrindo braços óctuplos
Buscando lábios dispersos

Quisera poder encontrá-los
Quimera de poder infinito
Quem dera tocar sua luz
Sentir seu corpo múltiplo

Ser prisma a lhe decompor
Decifrando seu código maior
Que me levaria até ínfima parte
Do seu pleno prazer

Pra de lá poder discernir
Passo a passo e sem pressa
Cada átomo do seu corpo

Pra de lá poder expandir
Em progressão geométrica
Cada pedaço do seu júbilo.

                                       Argento

4º lugar no "Concurso Internacional IFEC de poesias 2006", Niterói/RJ

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