VIDA
Não importa a estrada
o local do desembarque no final da tarde
iniciando a noite onde a madrugada
aguarda o bastão da vida
a estrada enganando
as árvores que crescem à margem
não importa o passar dos pássaros
sobre as árvores à margem da estrada
falsas liberdades em asas depenadas
não importa a estrada
seguindo o traçado em pessoas fixas
não importa a estrada
se tenho o caminho
e o trajeto não conflita meu leito
minhas margens e o canteiro.
VIVER
Vivo na ilusão
da água infinita
e da sede
saciada em goles.
vIivo como intruso
destruindo o que não me pertence.
Alcanço o fruto e o desfruto.
Deixo o sumo escorrer pelas mãos.
Vivo na desilusão
de me intrometer
como abuso.
Pedro Du Bois