Colcha de retalhos
A vida nos dá
Assim como nos toma.
Esta vida sem limites
Às vezes fria insípida
Às vezes quente oscilante
No retrós do tempo
Desequilibrada e nula
Dá com as mãos de um mágico
Que ludibria os olhos parvos
Que adormece por cada canto
Por cada rua adormecida
Esta vida matreira
Nos afoga neste mar de renúncias
Quase sem sinal de vida
Arrastando-nos
Entre praças recém inauguradas
Na fina medida do tempo
No contrapasso desfiado do destino.Darlan Alberto Tupinambá Araújo Padilha/Dimythryus