REMINISCÊNCIA

E o que eu mais queria
No circo do Carequinha?
Assistir à mulher-sapo
E ver o quanto ela se contorcia...

De roupa colada e brilhante
Que eu mesmo coloria
Se amarrava em vários nódulos
Ao mesmo tempo em os desfazia

Como gostava de vê-la
No circo do Carequinha

Talvez me fizesse cosquinhas
Na libido inda indefinida
E depois do início
Eu sabia
Que enfim ela se mostraria
Leve, linda, perereca
Minha serelepe jia

Sempre me desangulando
No jeito como se contorcia.

Com todo o respeito ao grande artista George Savalla Gomes, o Carerequinha

Galdino Moreira Neto

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