Adeus Ano Velho,
                    Feliz Ano novo

O tempo corre no epelho
 meu corpo é substantivo,
real  e subjetivo,
sofisticado e simplório,
entre a fé  e o ilusório,
 coberto de adjetivos,
 em mim, adeus ano velho.

Como se o ano que passa,
fosse divina sentença
executada na praça,
 frase  do destino, tensa
  escrita  na luz de um céu gráfico
 repleta de sóis , astros  mágicos
estrela querendo ficar
cometa querendo passar.

Passar  a olímpica tocha
o musgo novo na rocha
cobrir de cristais as águas
lavar com água dos olhos
todo pesar , toda mágoa
emergindo d' mar de abrolhos .

Nasce uma luz de verão,
 perfurando em muitas luzes,
 o meio do coração.
Livrai-nos, senhor, das cruzes,
 seremos de ser,  alegria,
 queimaremos nostalgias
faremos um samba enredo
sem a memória do medo,
com os tons de pele do povo,
desfilando... feliz ano novo!

                                                            Elane Tomich

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