Se a minha pobre pena, com brandura,
Brindar pudesse as qualidades raras,
Por certo, que palavras com fartura,
Surgiriam, sim, como jóias caras.Não me resta , porém, senão ternura,
Bailando em regiões mansas e claras...
Evocando o esplendor da imagem pura,
Ressaltada em estrofes belas, raras.É o coração, portanto, assim falando,
Quando em silêncio só fica escutando
A voz desse teu poema que fascina.Que melodia!... Doce orquestração...
Tuas palavras, em meu coração,
Ficaram sendo como a luz divina.
FELICIDADEPorque te quero bem, já não te digo...
Basta que olhe pra teu rosto sereno,
Logo compreendo que o mundo é pequeno
Se um dia me faltar a luz que sigo,Desse terno olhar, que é meu doce abrigo,
Anseio de minha'alma, sonho ameno;
Suave despertar de precioso aceno,
Ventura, encanto, em dias que prossigo.Derrame o sol mais luz por sobre a terra...
A voz do vento sinfonia encerra...
Existam vibrações de sons diversos!Felicidade é sonho revelado!
Por isto só te encontro iluminado
Nas estrofes singelas dos meus versos.
Dulce A. Siqueira