Tão longe está teu corpo do meu dedo!
Tão perto o coração que toca o meu!
Sussurram, nossas almas, em segredo,
Carinhos de um amor que não morreu.
Os dias passam tristes de arremedo,
De um tempo, um só momento de apogeu.
Teus lábios: implorando o que não cedo.
Meu peito: seco poço sem o teu.
Maldita essa distância sem teu braço!
Quisera andar mil léguas num só passo
E me atirar pra sempre no teu colo...
Mas esse tal sapato não me cabe!
Nos sonhos, é que a porta sempre abre.
Descalça, de paixão, meus pés esfolo.
Lílian Maial