HÚMUS DA POESIA
Soneto das mais bravas e recônditas esferas,
Fico a ler sem perceber o tempo passado,
Retorno ao tempo de hoje, 'entrebrilhos'
Fugidios espécimes... Alvissareira esperança...É o diálogo poético instalado
Em gentil corpo dourado da poesia sua chama.
O poema é forte, belo, altivo
Qual vôo de uma águia, nos céus do seu habitat.Neste diálogo crédulo, imenso
Meu coração rejubila-se em encontro consigo mesmo,
Viva a arte poética, viva a poesia!
Neste desejo fastio, olho pratos servidos em desafio...O poema traça seu rumo ao norte,
Seguir em frente a procura de toda sorte,
É a guarida da morte, antes do último suspiro.
É chegada a ultima trilha, vamos fazer a partilha!
Quero que os poemas
Quero que os poemas que escrevo...
Sejam poemas encantados,
Seu bojo rico em sais para as penas,
Delírios para o amor
Consolo para dilemas...
Quero que os poemas que escrevo...
Sejam cantos para o amado
Esperança no ser humano
Encontro agradável,
Para os Infelizes em supostas crises...Quero que os poemas que escrevo...
Sejam recitados em bares, teatros e vilas,
Os enamorados saibam de cor,
Conquistem seus amores
Com meus versos declamados...
Regina Lyra
Do livro: Antologia Escritores Brasileiros, Ed. Indústria Gráfica e Editora Ltda., 2006, BA