NO EVOLUTION

Poeta, ouça:
chegam-lhe aos ouvidos
sons da vida de agora
são evangelhos de hoje
mensagens virtuais de sonhos
irrealizados
olhares famintos de quem
nem mais pode sonhar
pedidos esquecidos nos
arquivos do tempo
madalenas nascidas arrependidas
viciadas em fome e desamor

(o poeta, insone, ainda tateia surdo
em busca da pena e escreve
suas dores por mais um perdido amor...)

Alceu Brito Corrêa

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