Retratos

Saúdo as minhas irmãs
de suor, papel e tinta
fiandeiras
guardiãs
tecendo o embalo da rede
rubra ou lilás
no mar da palavra
escrita voraz

Saúdo as minhas irmãs
fiandeiras
tecelãs
cantando a uma só voz
o que nós sonhamos
o que nós plantamos
no tempo em que a nossa voz
era só silêncio

                                          Graça Graúna

Do livro: Tear da Palavra, Col. Mulheres Emergentes nº 18, MG, 2007

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