PRESENÇA SEM O SER DE AUSÊNCIAS FEITO
Verdade de poeta
é algodão e vento
na ontologia do ozônio
O que junta poetas
elabora máfias de queijo
Um poeta quer um livro
outro um jazigo
outro ora rasga almas
destoutro que ama o hieróglifo
Verdade que bebi os olhos dela
pra sempre sartrianamente
e ela é um poema que inexistirá
nunca eternamente no jamais que faço
Bebi os olhos que vi nos seus joelhos
com um coquetel dionisíaco sem mordidas líquidas
além dos seus cabelos de rochedo egípcio
Verdade que jamais serei o mesmo
preso em poesia Ramsés afogado
em Nilo correnteza de signos
me jaz tristeza infinita sem presenças
Natanael Gomes de Alencar