Outono Desesperado
Palavras se perdem
Palavras voam
Os ocasos do viver as escondem
E sem piedade
As matam na vulgaridade
Do verbo amar
Amores sem cartas
Sem carnes
Paixões douradas
Paixões sem poesias
Desejos que não voltam mais
Canções sem donos
Eu queria tanto você
Nem posso falar seu nome
O livro ,o destino fechou
Não pude dizer adeus
A felicidade não se impõe
Ou se tem ou não se tem
O inferno esta cheio de anjos
Por crerem nas pretensas qualidades do ser humano
No escarninho das escrivaninhas
Que afundam a alma
E no gosto da lama
Palavras se perdem
Palvras voam
Os ocasos do viver as escondem
E sem piedade
As matam na vulgaridade
Do verbo amar
Carlos Assis