Outono, uma simpática estação
Quisera poder tocar o solo para sentir sua emoção!
De seus poros vem um olor de terra molhada.
A lua no céu, sorri encantada, grande e prateada,
Anunciando a época de uma colheita farta.
Os Flamboyants e os Ipês estão desnudos;
Suas folhas estão espalhadas pelo caminho,
onde as pessoas andam mais leves
e menos ofegantes.
O vento sopra, em direção às casas do bairro,
enchendo-as de folhas vermelhas e amareladas.
Não há flores! Existem apenas os regatos e as fontes,
em que o verão repousa cedendo lugar à nova estação.
Muitas folhas cobrem os jardins,
assim como meu cobertor me cobre nas noites do inverno frio e sem cor,
cujos matizes arrematam os corações quentes de amor.
A brisa sorri alegre na copa das árvores, e o vento assobiando entoa uma canção
para que as folhas dancem a esmo.
É um balé de encantamento, meio cinzento, púrpura, alaranjado e avermelhado a cortar o tempo.
No céu, avistamos a viagem em bando dos pássaros
que voam para onde há calor... Os ventos do Outono não lhes são oportunos.
Enquanto isso, meus pés tocam o chão para sentir as folhas ouro e marrom.
É o outono que enche o ar com seu semblante amistoso,
permitindo que o vento sopre o pólen e as sementes que aguardarão contentes,
formando raízes para esperar a primavera
e, ao mesmo tempo, abrigarem-se do frio que enfraquece seus destinos.
Quisera poder tocar o solo para sentir sua emoção e, além do meu próprio sentido,
voar bem alto para olhar lá de cima o belo espetáculo da natureza...
Meg Klopper