Hino abolicionista
Eia! Exulta, a clamar liberdade
Quem há pouco dobrava a cerviz!
Vão quebrar-se da lei na igualdade
Os grilhões de uma raça infeliz.
De Aristides ao grito açodada
Ela a triste cabeça elevou;
E o clamor de uma nova cruzada
Pelos vastos sertões retumbou.
CORO: Eia! exulta etc.
No formoso horizonte goiano,
Retocado de cores gentis
O cruel privilégio inumano
Terminou. Já não há mais servis.
CORO: Eia! exulta etc.
O passado sepulte-se escuro
Ante a aurora que rósea brilhou:
Rio Branco liberta o futuro,
O presente ele aqui libertou
CORO: Eia! exulta etc.Félix de Bulhões
Poesia/Poemas de Circunstância, 2ª. ed., 1995, in A Poesia Goiana no século XX, de Assis Brasil, Imago Editora/Fundação Cultural Pedro Ludovico Teixeira, 1997, RJ/GO.
Enviado por Leninha
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Letra musicada por José Marques Tocantins e cantada pela primeira vez em 1º de janeiro de 1885 no teatro São Joaquim, por ocasião da instalação do Centro Libertador Goiano