O tempo traz, o vento leva
brilho de um céu de outono
vem para mim, ah, vem
salpica vida na estrada
traz contigo minha ingenuidade inata
quero me olhar ainda
vem a mim completamente pleno
sem busca de identidade
munido de antiga calma
cálida ânsia na alma
quero voltar ao mundo sem carta de recomendação
ao diabo os contos e cantos do meu tempo
não quero tábua de salvação
sinto desejo do toque
de um velho bloco na mão
em cinzas num cruzamento
dormem passado
[e razão
Vida chora.
Eliana Mora