SONETO PARA UMA VALSA AIVISSAREIRA

Adeus ao anno velho todos dão,
achando que não deixa uma saudade.
Mas quantos annos velhos la se vão
que um dia foram novos? Que maldade!

Por que será que os outros teem, então,
ainda uma esperança, si a vontade
se frustra? Eu do futuro a sorte não
almejo, si o passado dissuade...

Mas torço por vocês! Saude! Grana!
Solteiros vão casar! Ninguem se damna
na vida de casado, e coisa e tal...

Na proxima virada, aqui estaremos
torcendo novamente, pois sabemos
que um anno voa e chega outro Natal...

                         Glauco Mattoso

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