PRIMAVERA DO CACTO

Nenhuma flor. Nenhuma aparência
de flor, por mais noturna e secreta.
Apenas e duramente um cacto,
primavera sem alarde, canto
surdo, de ternura insubornável.

               Izacyl Guimarães Ferreira

Do livro: Antologia Poética, Topbooks, 2009, RJ

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