Guardiã
Guardiã das aventuras românticas,
ela vem e me diz o que fazer a seguir.
Mormente porque se fosse uma prostituta
não me acompanharia ao altar. Será?Casei- me aos vinte e dois de setembro daquele mesmo ano.
Ela me queria como as mães querem os filhos pequenos,
eu a queria como a femme fatale das catedrais góticas.
O casamento não foi nenhuma festa, mas foi digno.Tive filhos com a moça dos sonhos,
fui feliz e ela também.
Depois voamos por entre construções
até nos separarmos.A guardiã dos desejos ardentes
é cândida, é terna... Não é nenhuma ninfomaníaca
Ela vem dizer o que fazer a seguir,
eu me misturo ao seu odor, odor de fêmea...
Mauricio Duarte