Enfim... Nas verdes pêndulas ramadas,
Cantai, pássaros! Vinde ouvi-lo, rosas!
Abri-vos, liriosl Rescendei, medrosas
Miosótis e acácias perfumadas,

Prestai-me ouvido! Saibam-no as cheirosas
Balsas e as leiras flóridas plantadas;
Aves e flores, flores e alvoradas,
Alvoradas e estrelas luminosas,

Saibam-no agora! Os céus e a esfera toda
Saibam-no agora! Enfim, sua mão, de leve...
— Borboletas, que pressa! Andais-me em roda.

Auras, silêncio! — Enfim, sua mãozinha,
sua mão de jaspe, sua mão de neve,
sua alva mão pude apertar na minha!

                                                   Alberto de Oliveira

Do livro: "Cancioneiro do amor - os mais belos versos de poesia brasileira (Arcades, Românticos, Parnasianos)", org. Wilson Lousada, 2ª ed., 1952, Livraria José Olympio, RJ