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HIBERNOS
No sabor da manhã
a natureza desperta
o efêmero sol de inverno
na viscosidade do orvalho
bordando lençóis brancos de cristais
na vertigem do tempo que não cessa
a plenitude da vida latente
adormecida de incubar vidas
hiberna ansiosa, adormecida,
para nascer prinavera novamente.Adão Wons