VELHICE

Não me pergunte
Porque não há flores neste canteiro.
Estes anos reluzentes de
sabor obsucro não gerou
tantos cabelos brancos
quanto devia.

Há tantos transeuntes
sorridentes de bochechas
grandes,
que até parece
que não usam uma vida
postiça.

Não me pergunte porquê.

                                           Valdir L. Queiroz

Do livro: "Libertar Passarinhos", Ed. Blocos, 1999, RJ

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