REBELDIA!
não sei do brilho da lua,
não sei das ondas do mar,
não sei do olho da rua,
da terra, do céu, nem do ar!
dos sonhos dos sonhadores
não conheço os mistérios,
do pranto dos sofredores,
que choram por vãos amores,
eu não lhes posso dar conta!
sou um tanto alienado,
sou a causa e o efeito,
troco o certo pelo errado,
já que ninguém é perfeito!
não sei da incoerência
do conceito do errado,
do pecado da inocência,
do descuido da prudência,
e nem da santa paciência
pra engolir desaforo,
se é pra calar, eu berro,
se é pra brigar, eu não corro!
não é que eu seja valente,
posso é ser inconsequente,
mas por favor, por obséquio,
sou meio da pá virada,
tenho opinião formada,
não sou vaca de presépio!
e pra encurtar a história,
eu vou fazer uma pausa
que justifica a atitude,
estou na flor da mocidade,
sou um rebelde sem causa
da terceira juventude!
Antonio Carlos de Paula