TEMPO GLORIOSO

Vejo no idoso
Um tempo glorioso
Um peito carinhoso
Que abriga filhos, netos...
Quem sabe, bisnetos
Que lhe devolvem AMOR

Vejo um braço laborioso
Que trabalhou, cumpriu seu dever...
Vejo a experiência...
A inteligência mais aguçada
A ternura mais açucarada

Vejo nas mãos crispadas
No passo criterioso, embora inseguro
Que o que era escuro...
Agora é só claridade!

Que o olhar está mais cansado
O rosto ficou enrugado
O corpo está mudado, é verdade...
Mas seu coração é o mesmo
A alma é mais bela...
E mantém a mesma integridade!

                                          Nair Lúcia de Britto

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