com muita humildade aprendi que na vida não há lados, apenas a esfera das nossas andanças que sempre teimam em nos levar ao mesmo lugar.
Em minhas lutas enfrentei meus medos, minha apatia, a dor da morte, a vida de meu irmão que pelos dedos se esvaia, todos os encantos que o desamor matava e não se via....
Em minha luta provoquei poderosos... venci... perdi... vivo ainda estou... aqui...
Em minhas lutas andei pelo mundo alheio, dormi em campos de centeio, bebi água salobra, alimentei-me do leite da loba, dormi e acordei tantas vezes que muitas delas não mais quisera acordar... vi o pôr-do-sol beijando o mar...
Entre lágrimas confesso: Nunca deixei da minha infância amar...
Das maluquices lindas nas viagens de fumo a queimar, entre matos e risadas a gargalhar... entre trucos e blefadas um nono a enganar...
entre sonhos o mundo a conquistar... os parentes amados em convivência na Rua Verdura a andar... correr brincar... fomos felizes... estamos vivos a nos falar
Se visitaste o mundo do sofrimento... mais homem de lá retornaste... e tua vida agradece com graça e prazer... desfrute-a...
beijos n'alma meu irmão... e para a Neguinha, que muita saudade dela sinto...
Fica com um belo poema de Francisco Otaviano, que viveu entre 1825 a 1889 sabiamente...
Quem passou pela vida em branca nuvem,
e em plácido repouso adormeceu;
Quem não sentiu o frio da desgraça,
quem passou pela vida e não sofreu;
Foi espectro de homem, não foi homem,
só passou pela vida, não viveu.
beijos
Douglas