Agosto de 1812

Minha queridíssima Caroline. (*)

Se lágrimas, as quais você viu e sabe que eu não estou apto a derramar, se a agitação na qual eu me separei de você, agitação esta que você deve ter percebido durante todo nosso nervoso caso de amor, não começou até que o momento de deixá-la se aproximou, se tudo o que eu tenho dito e feito e ainda estou muito pronto a dizer e fazer, não foi suficiente prova que meus reais sentimentos são e devem ser sempre para você, meu amor, eu não tenho nenhuma outra prova para oferecer.
Deus sabe que eu desejo você feliz e quando eu terminar meu relacionamento com você, ou melhor, quando você tomada de um senso de dever para com seu marido e sua mãe me abandonar, você reconhecerá a verdade daquilo que eu novamente prometo e juro: que nenhuma outra em palavra ou ação jamais tomará o seu lugar em minha afeição, que é e será mais sagrada para você até que eu não seja nada.
Eu nunca soube até aquele momento a loucura de — minha querida e mais amada amiga - eu não posso me expressar — este não é o momento para palavras — mas eu terei um orgulho, um prazer melancólico ao sofrer, o que você mesma pode quase conceber — pois você não me conhece, eu estou quase indo com com o coração pesado porque minha presença nesta noite deterá qualquer estória absurda que os acontecimentos de hoje poderiam ter levantado — você pensa agora que eu sou frio, severo e astuto — mesmo outros pensaram assim, mesmo sua mãe pensará — aquela mãe a quem devemos de fato muito sacrifício, mas muito mais de minha parte, do que ela jamais saberá ou possa imaginar.
"Promessas de não amá-la" . A! Caroline, são promessas do passado — mas atribua todas as concessões ao motivo adequado. E nunca pare de sentir tudo o que você já presenciou — e mais do que possa algum dia ser conhecido somente pelo meu próprio coração, talvez pelo seu . Possa Deus proteger, perdoar e abençoar vocês sempre e para todo o sempre.

Seu mais apaixonado
Byron

PS. Estas reprovações que dirigiram você para isto — minha queridíssima Caroline — foram não somente para sua mãe e a bondade de todas as suas relações. Existe qualquer coisa no céu ou na terra que me faria tão feliz como tê-la feito minha há algum tempo atrás? Não menos agora do que então. Mas mais do que sempre neste momento você sabe que eu com prazer desistiria de tudo aqui e tudo além do túmulo por você — e abstendo-me disto — devem meus motivos serem mal-entendidos?
Eu não me importo quem sabe disto e que uso é feito disto — é a você somente que eles devem, eu fui e sou seu livremente e completamente para obedecer, honrar, amar — e voar com você quando, onde e como você mesma poderia e pode determinar.

Lord Byron

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(*) Pressionado pela mãe de Caroline (a qual podia ter nutrido afeições por ele), Byron (1788 - 1824) aproveitou a oportunidade para acabar o relacionamento, justificando-se nessa carta.

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