Carta à futura cunhada:

          Barbacena, 29 de agosto de 1880

          Minha prezada Mana

          Seu mano está muito cerimonioso: não me mandou entregar a carta que a Srª teve a amabilidade de me escrever, e agora está sem saber como se há de haver e pe mede que lhe responda!
          Eu não sei o que a senhora me disse: mas como naturalmente me disse coisas muito bonitas, de todo o coração as agradeço, e peço-lhe desculpas de não ter respondido há mais tempo a sua carta (que não recebi). Peço-lhe, também que por esta vez perdoe a seu irmão o grande crime que cometen; e a Srª craia na amizade de sua mana que já lhe quer muito bem, mesmo antes de a conhecer.
          Apresento os meus respeitos ao sr. Dr. Mesquita, e sou de todo o coração.

                                                                                                  Sua mana e amiga

Gabriela de Andrada

Do livro: Escritoras brasileiras do século XIX, org. Zahidé Lupinacci Muzart, Editora Mulheres/EDUNISC, vol. I, 2000, SC

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