E se?
Nossa! Esse Valdomiro, hein? Um novo Messias às avessas? Descobriu
a pólvora, é?
Vixxi! Vou ter que correr no médico das vistas. Vejo fantasmas
faz um tempão. Aqueles sete Bingos que funcionam (sei lá
quanto tempo – mas no mínimo cinco anos completos) num raio de um
quilômetro em roda da minha casa? Ilusão de ótica,
naturalmente! Fantasmas funcionando 24 horas, né? Ou quem sabe nesta
era da cibernética, virtuais. Isso mesmo! Virtuais e pronto!
Esse Valdomiro é d+, trouxe luz às trevas em pleno sábado
de carnaval!
AH! Meu doce e encantador carnaval! Nada como um feriado prolongado
para se acertar as contas atrasadas, né? Sim, porque o problema
bingal no nosso país foi inventado assim, num piscar de olhos, não
é? Cadê o Zico? Tá no Japão, ainda?
Tinta neles! Tinta preta. Será que a caneta que assinou a Medida
Provisória estava sem carga? Só pode ser? Proibido e pronto!
Assunto resolvido? Sei... hum... Todo mundo no mesmo saco. E daí?
Vale a velha regra: TODOS CULPADOS ATÉ PROVA EM CONTRÁRIO!
Pensando bem... Até que ta certo!Ora, carnaval é carnaval!
Vamos fazer a avaliação na quarta-feira de cinzas. Não
é pra isso que serve a quarta-feira de cinzas? Purgação
dos excessos carnavalescos? Então.
Mas como a Festa vai continuar...
Que tal o Genuíno aproveitar a Festa de desagravo para o chefe
do Valdomiro e convidar esses trabalhadores que foram, literalmente,
embrulhados no mesmo saco?
Poxa vida! Podia ter programado com mais tempo essa Festa. Assim dava
tempo para uma licitaçãozinha de narizes de palhaços
(entre 250/350.000).
Bem... mas... a caneta estava com pouca tinta, não dava pra
fazer nada mais coerente, menos coercitivo... O tal poder discricionário
tinha que ser exercitado, caracoles.
Ok! Em nome desses trabalhadores embrulhados dispenso os 250/300.000
narizes de palhaço para o desfile da hipocrisia.
Alias, vou sugerir esse tema para o próximo Carnaval, numa justa
Medida Definitiva. Porque esse negócio de Medida Provisória
é... bem é... o que devo dizer para esses trabalhadores
embrulhados no mesmo saco? Alguém pode me dizer? Mas nada de consultar
o nosso Ministro da Justiça, tomando banho de chuva no Guarujá.
Já fez um "trailer" de pré-estréia, perdeu a graça,
já contou que o assassino é o mordomo.
Mas estava eu cá com meus botões pensando:
E se o Valdomiro tivesse pedido as contas antes de ir até Brasília?
E se o Valdomiro fosse um aspone do último governo, em férias
coletivas?
E se o Valdomiro não trabalhasse onde o Valdomiro trabalha?
E se o chefe do Valdomiro não fosse o chefe do Valdomiro?
Finalmente: e se o Valdomiro não fosse o Valdomiro. Sei lá
um Zé das Couves?
Caramba! Valdomiro vem cá! Você, hein?
Sandra Falcone
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