Acordei cheia de esperança!
Ontem vi, em 2005 a soma dos algarismos é sete. Óbvio! Mas não teria nenhum sentido isso para mim se não fosse a mística. A possibilidade de meus problemas serem transferidos, adiados; é que esse sete além de um algarismo, dígito, numeral traz a esperança.
Ele tem um outro significado. Ao valor do numero é acrescido um outro valor - o místico.
Será que eu tenho a mente sadia? Arrumo as malas vamos fazer a viagem pelo mundo fantástico dos significados!
Que procuram as pessoas no NOVO?
Posso sair perguntando, observando, consultando os horóscopos e as sugestões místicas ou estudando as teorias. Ou ainda, misturando tudo isso numa cabeça louca, fascinada também pelo novo, mesmo que o segundo dia do ano me traga de volta ao real. Ora... Então teria vivido a minha noite de Cinderela. Fui!
Os rituais de passagem: não se consegue fugir deles, desde o nascimento, as cerimônias, as festas de aniversários, casamentos, batizados. A troca de dentes! O primeiro corte de cabelo. Muitos rituais! Sete anos, quinze anos, debutante, entrada na puberdade, na faculdade, no primeiro emprego. Todo começo e a esperança que acompanha cada evento.
As festas, confraternizações, cerimoniais de formatura, etc. Fomos criados, educados, para estranhar, balançar e buscar o equilíbrio. Passando para o outro lado. Do poço escuro, o salto, alguém para animar, iluminar, encorajar e festejar depois a passagem!
Celebrações: Nossa! Não evoluímos! O homem primitivo, o primitivo em cada um de nós. As pinturas dos índios, a pintura dos cabelos nos salões “de beleza” (conceito fugidio esse!).
Provar que: ficou maduro, superou o medo, que aprendeu... E ser aceito no grupo seguinte da sociedade. Não admira que Peter Pan quisesse permanecer criança! (misturo fantasia e realidade para compreender as ferramentas da escrita) Não admira também que uma criança esperneie diante de vacina, dentista, primeiro dia de aula. O novo assusta. E quem pode, chora!
Mas o novo do ano traz uma mística especial. Esse ritual, ao contrário de muitas outros, não divide a sociedade terrestre, une, (pelo menos pretende) e o dia é uma chamada para confraternização universal - Um único dia para CESSAR FOGO, PELA PAZ. UM TOQUE DE SINO, UM MINUTO DE SILÊNCIO.
Fogos que iluminam o céu de meia-noite e zero hora. Um minuto divide a geração - o antes e o depois.
Sempre que supero um ritual me olho no espelho para ver se fiquei diferente! E nada vejo, aliás, vejo minha cara de sempre, atônita. Mas sobrevivi. Passei para o outro lado. Espero os aplausos, os abraços, os votos.
Vale a pena ter esperança. Uma única vez em cada ano. O faz de conta maluco - VIM. Estou desse lado agora!
Nazilda Corrêa