Tudo bem?

O circo, e as crianças e todos que gostam de rir, que buscam conforto  nas coisas simples da existência estão de luto. Morreu o palhaço Arrelia. Confesso, não fiz parte da geração que mais acompanhou este doce artista. Quando criança dediquei a maioria de minhas mais puras gargalhadas, aquelas de olhos fechados, a outro palhaço, o Carequinha, este bem mais próximo, o que não  impediu em muitos momentos me deleitasse com as peripécias daquele mestre.

Sempre que um palhaço morre  a humanidade perde um pedaço importante de sua força vital, é a partida de um anjo do bem, catalisador de alegria e do riso, e as risadas puras e sinceras sempre geram energia positiva, alimentam o corpo e o espírito, trazem esperança a um mundo tão carente de harmonia e paz, carente de simplicidade.

Nasceu Waldemar Seyssel em 1905, recebeu suas asas de anjo da alegria em 1922 mas apenas em 1927 rompeu sua crisálida humana e metamorfoseou-se finalmente no colorido Arrelia. E esta transformação se deu aqui mesmo, pertinho, em Uberaba. Mais uma demonstração da onipresença do Criador? Vai saber, o acaso nos prepara cada peça!

Perdemos Arrelia, mas ele do alto de seus 99 anos  de vida com certeza deixou uma lição sublimada de vida. Quisera eu que tantos a compreendessem, seria tão mais fácil e simples esta nossa breve estadia.


William Henrique Stutz (*)

(*) Médico Veterinário Sanitarista
Secretaria Municipal de Saúde de Uberlândia
Presidente ONG Ação Ambiental Morcego Livre <http://www.morcegolivre.vet.br/ >
Enviado por Clarice Villac

 

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