A Ignorância É Abstrata - II
Como diria o tal do Charles, os dias correm como cavalos selvagens. Ah! Os cavalos estão mortos ao longo do caminho, como um animal atropelado, morto, morno, ao longo da estrada que o queima. & ele olha para o topo com seus olhos de ebulição e rumina a placidez e ela escorre pelo asfalto até atingir todos os bueiros. O cara acorda e a primeira coisa que faz é abrir a janela do quarto. Dá um longo suspiro. Puxa o ar noturno com toda a força dos seus pulmões. Abre os lábios uma ou duas vezes enquanto pisca os olhos macerados e diz AHN. Felicidade é como cócegas deslizando por seus poros.
Os dias correm como cavalos selvagens
Os dias correm como cavalos selvagens
notas de um velho safado
para um mundo alquebrado.
Me dê todo o trampo em dia e a barra estará limpa.
Olhe para o relógio enterrado no seu pulso todas as manhãs
Olhe para o espelho que reflete os cortes do barbeador no seu rosto
Olhe para o cesto de roupas sujas com as cuecas, calcinhas, esparadrapos e mais alguns segredos
Certifique-se de que o cabelo está penteado para o lado certo,
o lado que esconde as entradas nos cantos da sua testa
Olhe para o dia,
ele não lhe parece o mesmo?
Daniel Frazão