Parabéns pra você!
Sobre os pés, caminhões...
O asfalto de encéfalo e asfixia oxidou de classe média outro dia de semana. Nos escritórios por favor, não parem, essa é a vida que com a imperceptível obscenidade de paletós, adultérios, gravatas, não pára.
Por favor não parem. E continuamos a arrastar posturas. E continuamos a aniversariar o nada me consola. Um beijo molhadinho no canto esquerdo do lábio, minha doçura. E continuamos com origami's e papel crepom a fazer domingos e traumatismos.
“Art. 65 – É obrigatório o uso de cinto de segurança para condutor e passageiros em todas as vias do território nacional...”
Que importa agora se João, fulano, beltrano a esta hora do almoço, em noticiários, nas páginas policiais, sufocam flagrantes e esmolas? Semáforos e preferenciais, como se assassinassem faixas contínuas, como se faixas contínuas furtassem minutos de silêncio e missas de sétimo dia. Mamãe diz para não pegar caronas com estranhos.
A criança pelo lado de fora brincava de lágrimas, quicar.
Joelhos por rastros, esfolando. O mertiolate não arde, esse não, sopra pra mim...Mas não arde. Pare, atenção, siga.
“Crime, as raízes, a impunidade, as soluções.”? Somente o necessário: É pique, é pique, é pique, é pique, é pique. É hora, é hora, é hora, hora, ora...Ra-tim-bum...
Diego Ramires