BENTO XVI E A EVOLUÇÃO RELIGIOSA
No passado, o mundo demorava séculos para dar um passo à frente no progresso tecnológico. Porém, de 1950 para cá, cada vez mais, isso vem ocorrendo celeremente. Mas é de agora em diante que vamos ficar mesmo perplexos com o avanço tecnológico-científico, como o demonstra Vittorio Medioli em sua coluna, em O TEMPO de 29-4-2007, “Cidade do Sol”: “a grande arrancada está por vir”.
E é natural que essas transformações ocorram também nas doutrinas filosófico-teológicas Não que a verdade vá cair. Mas ela no passado era imperfeita e, agora, atinge um nível superior de perfeição e evolução. E que Bento XVI e o clero atentem, pois, para essa realidade, adaptando a Igreja a ela, para que eles não fiquem a ver navios!
Vamos aos fatos. Numa relação sexual, há uma perda de milhões de espermatozóides, pois apenas um consegue fecundar o óvulo, estando essa perda em consonância com a lei natural. E “H 2 + O” são água, mas o “H” apenas não é água. Do mesmo modo, o espermatozóide mais o óvulo produzem um embrião humano, mas só o espermatozóide não produz nada. Por que, então, o emprego da camisinha, que faz perder-se apenas mais um espermatozóide estaria errado? Ademais, se com um ato sexual fora do casamento teríamos um mal, esse ato sem a camisinha pode provocar mais dois males, ou seja, a gravidez prematura e a aides, quando teríamos, então, três males. E é uma utopia e até hipocrisia alguém ou uma instituição querer dar a entender que se pode controlar a prática da sexualidade fora do casamento, mormente entre os indivíduos ainda solteiros. Urge, pois, que a Igreja seja de fato realista. Quanto ao casamento de homossexuais, não se pode condená-la por não o realizar, pois, na verdade, pela lei natural, ele não existe. A Igreja, porém, não deveria condenar o seu casamento (contrato) civil que, talvez, seja mais necessário para eles do que para os heterossexuais. E aplausos para o papa, os espíritas e outras correntes religiosas por não abrirem mão da condenação do aborto e da eutanásia ativa.
Fico por aqui, dando boas vindas a Bento XVI ao Brasil, e desejando que sua estadia aqui e a Conferência, à qual presidirá em Aparecida, produzam resultados salutares para a renovação e o engrandecimento da Igreja no Brasil e no mundo!
José Reis Chaves