SOS Seres Desumanos
Tarde linda. Ensolarada. Cheia de vida.
Fui caminhando do meu trabalho até ao Banco para fazer um depósito na minha conta. Deparei-me no caminho com destes lugares que vendem plantas ornamentais, trabalham com jardinagem, entre outras coisas do ramo.
Meus olhos brilharam ao ver tanta beleza, naquele pedaço de chão. Árvores, arbustos, flores lindíssimas, de todos os tipos, de todas as cores.
Fiquei extasiado com tantas belezas.
Tantas eram as flores multicoloridas nos seus mínimos detalhes, perfeitas. Perdi-me no meu olhar qual beija-flor de flor em flor.
Que maravilha a Natureza, que nos proporciona estes momentos de prazer e de paz.
Só mesmo Deus num dos magníficos momentos, para pintar com suprema maestria obra tão perfeita. Pobre de nós reles seres humanos.
Nada se iguala neste mundo do que as belezas naturais.
Senti-me tão pequeno diante de tantas maravilhas.
Deus dá-nos de graça tudo isto e somos mal agradecidos.
Ambição, dinheiro... Dinheiro... Esquecemos do famoso ditado que diz: Vão-se os dedos ficam-se os anéis.
Choram indefesas nossas florestas verdejantes com tamanha covardia da maldita "serra elétrica". O fogo maldito a queimar-lhes suas doces entranhas. Arrasando tudo o que tiver pela frente, até os pobres animais silvestres. Emudecem os belos cantos das aves que suavizam as nossas mentes, as nossas almas.
Poluem as nascentes, secam-se os rios, secam-se os lagos...
E assim infelizmente caminha a humanidade desumana. Até quando?
Acabam com o equilíbrio ecológico do planeta. A resposta vem mais rápida do que imaginam. É a Lei da Causa e do Efeito!
Aumento do buraco da camada de ozônio. Aquecimento global. Degelo das geleiras. Surgem as tempestades avassaladoras. É o choro desesperado da Natureza. O que dizer, não dá para definir. Ela, a Natureza é ré, nós é que somos os culpados. E achamo-nos tão inteligentes!
Antes o que era uma linda praia, com suas águas límpidas, cristalinas, cheia de vida. Hoje lamaçal e dejetos de todos os tipos.
As espécies de animais em extinção. Esqueceram-se que agindo assim, indiscriminadamente, nós e que estaremos extintos. Parece-me com tristeza que este tempo não está muito longe.
Não precisamos nem pensar é só imaginar de como seria o mundo, sem o verde das florestas, o azul do mar, a pureza das cachoeiras, das lagoas, dos manguezais fonte de vida e da criação de muitas espécies de vida. Não poder mais contemplar um céu com a lua prateada e rodeada do brilho das estrelas, por causa da poluição do ar.
É o que queremos, um planeta cinza, feito de máquinas robotizadas, sem emoções ou sentimentos, sem alma.
Será esta a herança que daremos aos nossos netos? É um momento de reflexão. Ainda há esperanças? Não sei. É duro ter que pensar assim, escrever o que estamos vendo.
Paro de pensar e retorno ao meu caminho para o trabalho, ainda sentindo o perfume daquelas flores que vi.
Que Deus nos ajude.
Assim seja!
Reinaldo Lamenza