Cozinha Velha
Ia até sugerir ao poeta José Telles, em sua próxima ida a Lisboa, não deixar de pegar o trem na estação de Santa Apolônia para visitar, em Queluz, o palácio onde nasceu e morreu Pedro I, que, para os portugueses, é Pedro IV. E almoçar no restaurante Cozinha Velha, aos fundos do palácio antes de voltar ao comboio para subir até Sintra. Ali, demorar-se, como todos, na pracinha, próximo ao prédio do palácio real que mais parece uma padaria, antes de pegar o ônibus para subir ao Castelo da Pena. De lá voltar para entrar no trem no táxi, rumo ao Estoril em cujo cassino costumo perder cem dólares para ajudar a pátria mãe. Percebi, porém, que seria ensinar padre-nosso a vigário, lembrando a desenvoltura com que alougou carro para ir até o Porto com amigos que foram ao lançamento da edição portuguesa de meu romance e em que funcionou como guia. Parecia um nativo.
Lustosa da Costa