A SIMPLICIDADE DA RAPOSA
Segundo estimativas de 2009, naquele ano, a cidade da Raposa tinha mais de 25 mil habitantes. Com apenas 64 km², juntamente com Paço do Lumiar, São Luís e São José do Ribamar, está situada na Ilha de São Luís.
Segundo a Wikipédia, a cidade foi fundada no final dos anos 40 do século passado, por dois imigrantes cearenses, Antônio do Pocal e José Baiaco, que ali se estabeleceram com suas famílias. A cidade tem como atividades principais a pesca e a produção de rendas de bilro, ambas feitas de maneira artesanal.
Devido ao seu isolamento inicial, sem sofrer influência significativa das outras cidades da ilha, a comunidade foi considerada por muito tempo como uma ilha linguística cearense. Essa situação só se modificou a partir dos anos 60, com a construção do primeiro acesso rodoviário e o seu asfaltamento, em 1977.
Apenas em 1994, porém, conseguiu a sua emancipação política, separando-se de Paço do Lumiar e elegendo o seu primeiro prefeito. Do ponto de vista turístico, seus principais atrativos são os passeios nas praias e dunas da região, seu vasto manguezal preservado e a gastronomia com frutos do mar e pescados. Afinal, a cidade abriga a maior colônia de pesca do Maranhão.
A tradição das rendas de bilro foi trazida pelas mulheres cearenses que formaram a primeira comunidade, sendo passada de mãe para filha desde as gerações iniciais. Quase todas as portas das moradias, geralmente palafitas construídas sobre o mangue, da rua principal, também chamada de Corredor das Rendeiras, abrigam pequenas lojas de artesanato, onde são comercializados toalhas de mesa, panos de prato, passadeiras, saídas de praia, chapéus, cortinas e outros artefatos confeccionados em renda de bilro por mulheres dos pescadores.
Também chama a atenção na Raposa o seu conjunto urbanístico de casas de madeira, tipo palafita, que apesar da simplicidade mostra a adaptação da comunidade ao meio ambiente em que vive.
Apesar do avanço do mar que se observa em alguns pontos das suas praias, a zona do cais chama a atenção dos visitantes pelo colorido dos barcos de pesca e pela escultura de São Pedro, o padroeiro dos pescadores.
No outro lado, avista-se a praia de Carimã, consideradas uma das mais bonitas da ilha, repleta de dunas e lagoas, com aproximadamente 15 quilômetros de extensão. São as Fronhas Maranhenses, em referência aos Lençóis Maranhenses de Barreirinhas, assim chamadas por conta da sua menor dimensão territorial.
Clóvis Campêlo