Interior da Sé Catedral
Paço Real D. Manuel l
 
Templo de Diana
Exterior da Sé Catedral.
 
 É V O R A
(cidade museu)
(apontamento do ano de 1900 do "Jornal do Comércio"):

"Évora é cidade e capital de distrito e cabeça de concelho. Tem 16.500 habitantes e é servida pelo  Caminho de Ferro Sul e Sueste.

Está situada numa colina a 302 metros de altitude. Possue notáveis monumentos, entre outros o  célebre Templo de Diana, esplêndido exemplar da arte grego-latina, o aqueduto de Sertório, a bela  Ermida de São Brás, em estilo gótico- normando, de caracter meio-militar meio-religioso. Aqui  nasceu Garcia Resende. O concelho tem 20 freguesias e 25.636 habitantes.

O distrito de Évora tem uma superfície de 7.399,5 Km2 e uma população de 128.062 habitantes.  Compreende 13 concelhos e 110 freguesias. Os concelhos são: Alandroal, Arraiolos, Borba,  Estremoz, Évora, Montemor-o-Novo, Moura, Mourão, Portel, Redondo, Reguengo de Monsaraz,  Viana do Alentejo, e Vila Viçosa.

Serras principais: Ossa, Montemuro, Portel, Monges. É banhado pelos rios Guadiana e seus  afluentes Degebe e ribeira de Pardiela, e pelos rios Almansor, Divor, Sorraia e outros afluentes do  Tejo e do Sado. Produz cereais, pastagens; grandes matas de azinheiras e sobreiros; cortiças e  minérios". 

ORIGEM DO NOME:

Como acontece com quase todas as cidades mais antigas, a origem do nome presta a várias  considerações e opiniões. Damos aqui algumas dessas opiniões:

"Supõe-se que foi fundada pelos Eburones 2059 anos antes de Cristo, os quais lhe deram o nome de  "Ebura", "Ebora" ou "Elbura". Foram os Eburones povos que habitaram a Espanha duzentos e  tantos anos depois do dilúvio de Noé, mas dos quais poucos vestígios restam."

(Arquivo Histórico de Portugal — 1890).

"Edificada nestas férteis paragens do Alentejo, foi centro de grande cultura no tempo dos romanos,  sob o nome de Liberalitas Julia e especialmente sob a égide de sertório, e mais tarde sob o domínio  dos serracenos com a designação de YEBORA, donde deriva o actual nome."

(Dr. Bartolomeu Gromicho — 1937).

"Évora é a forma actual do latim Ebora. O Dr. Leite de Vasconcelos arrolou Rbora como nome  lusitano-romano. Também Quicherat e outros latinistas estrangeiros não esquecem Ebora como  cidade romana da Lusitânia, já citada em Plínio."

(Prof. Dr. Vasco Botelho do Amaral — 1949).

UM POUCO DE HISTÓRIA:

Évora é uma cidade muito antiga, já assinalada em períodos remotos da história de Península  Ibérica. O seu primeiro nome conhecido provém de Plínio, que lhe chama Ebora Cerealis — o nome  de Ebora talvez seja céltico.

Foi sede do reino céltico-lusitano de Astolpas, sogro do célebre Viriato. Fortificada por Sertório,  recebeu o nome de Liberalitas Julia. Cerca de 27 antes de Cristo, Júlio César ou Octaviano chamaram-lhe Jus Latim Vetus, e foi elevada por Vespasiano à categoria de municipium, com  direito a moeda própria. No período visigótico continuou a cunhar moeda, desde Leovigildo a Egica, ou seja 552 a 699 antes de Cristo, sendo aumentadas as suas defesas militares.

Conquistada por Tárique nos primeiros anos do século Vlll, foi tomada aos Mouros em Setembro de  1165, por Geraldo Sem-Pavor, que a entregou a D. Afonso Henriques. Este rei instalou no seu  castelo a Ordem Militar de São Bento de Calatrava, desde então designada por Ordem de Cavalaria  de Évora, que, no reinado de D. Afonso ll, passou à Ordem de Avis.

Corte de vários reis da dinastia afonsina, como D. Afonso lll, D. Dinis, D. Afonso lV, que em 1340  organizou aqui as forças que levou à Batalha do Salado; foi também residência do Condestável, D.  Nuno Álvares Pereira, como fronteiro da província, durante as campanhas contra os castelhanos,  que culminaram com a vitória da Batalha dos Atoleiros.

D. João l cognominou-a de "mui nobre e sempre leal", elevando-a à categoria de segunda cidade do  Reino, logo a depois de Lisboa. Começou então a sua época de maior esplendor, nela se  estabelecendo longamente quase todos os monarcas da dinastia de Avis.

Além dos Paços Reais de D. Manuel l e de D. João lll, a cidade foi enriquecida com numerosos  edifícios civis e religiosos, cabendo uma grande parte das iniciativas ao cardeal-rei D. Henrique,  primeiro arcebispo de Évora e fundador da Universidade do Espírito Santo, em 1559, e cujo ensino  entregou à Companhia de Jesus.

Em Évora estalaram os tumultos do Manuelinho contra os espanhóis, em 1637, e o levantamento que  precedeu à Restauração de 1640. Em 1663, durante a Guerra da Independência, foi tomada por João  da Aústria mas logo retomada por D. Sancho Manuel.

Évora é hoje uma das cidades portuguesas de maiores tradições históricas e com um passado  imensamente rico, marcado pelo papel significativo que deteve ao longo dos tempos, não só no campo  artístico e cultural, como até no sócio-político.

Cidade de antiguidade indiscutível, e história dos seus primeiros tempos é obscura, mas a sua  importância, pelo menos na época da dominação romana, está amplamente confirmada, quer através  dos restos de um templo clássico, provavelmente mal designado por de Diana, quer pelos vestígios  de uma cerca de muralhas que deve ser originária dos construtores itálicos.

Decerto um pouco imaginosamente, Évora tem mesmo sido considerada a capital dos Lusitanos, ao  mesmo tempo que é atribuída uma importância excessiva à estada de Sertório dentro dos seus muros.

Seja como for, não fica diminuido o prestígio que teve como município e ponto de passagem de comércio.

Posteriormente ocupada por Visigodos e Árabes, Évora foi finalmente, em 1165, conquistada para os cristãos por Geraldo Sem-Pavor, num episódio sobre o qual se tecem curiosas lendas, apresentando o conquistador como um turbulento cavaleiro homiziado que, para se resbilitar, tivesse cometido a proeza de entrar de noite na cidade, degolar os mouros vigias e abrir as portas aos seus companheiros, permitindo assim que se consumasse a conquista. Mas de certeza apenas se sabe que o Sem-Pavor naquela data entrou na cidade e, depois de a tomar, a entregou a D. Afonso Henriques. Este deu-lhe no ano seguinte foral, confirmado em 1218 por D. Afonso ll.

Durante toda a Idade Média, e especialmente no século XVl, em particular na época do cardeal D. Henrique, seu primeiro arcebispo e fundador da célebre Universidade de Évora foi uma das mais importantes cidades de Portugal. Gozando da preferência dos primeiros monarcas portugueses, e principalmente dos da dinastia de Avis, não só para local de habitação e veraneio, mas também como centro político, aqui se reuniram as cortes, cerca de duas dezenas de vezes, a partir de 1282.

São célebres os tumultos de Évora, durante a crise de 1385-1385, em apoio ao Mestre de Aviz. É de referir também o papel interveniente que a cidade teve antes de 1460 na preparação do clima propício para a Restauração, com os famosos e lendários escritos do Manuelinho, uma forma inteligente encontrada pelos conspiradores eborenses para assinar tudo o que fosse contra o governo espanhol. Não se quedou por aqui a participação da cidade nos graves problemas dessa época, já que os seus habitantes, de mentores de uma certa e significativa agitação, passaram a tomar parte activa na guerra subsequente à independência. E Évora, que nem em efectivos humanos nem em defesas fortificadas se encontrava preparada, foi fortemente massacrada em 1663, primeiro pelos exércitos espanhóis que a acabaram por tomar, logo a seguir pelas tropas luso-britânicas que procederam à reconquista.

Todavia, resultaram goradas algumas destas intervenções na vida política de Portugal, como foi o caso da formação, a 14 de Outubro de 1846, no século do liberalismo, de uma junta governativa inspirada na Patuleia do Norte, que trouxe como consequência a capitulação da cidade após o ataque das forças fiéis ao governo de Lisboa.

Foi, no entanto, sob o aspecto artístico-cultural que Évora mais se distinguiu ao logo dos tempos.

Sabendo-se até que ponto a vida religiosa esteve ligada à cultural, certamente serão consideradas significativas as 22 casas religiosas que se estabeleceram na cidade. Mas, embora não desligada deste factor, foi a existência de uma universidade que mais profundamente marcou a actividade cultural de Évora. Iniciada como Colégio do Espírito Santo e entregue aos Jesuítas em 1557, logo dois anos depois se tornou universidade, graças à acção do cardeal D. Henrique. Aliás, o futuro rei teve papel meritório na cidade, que nesta época foi dotada de importantes construções, de entre as quais se salientam a Igreja do Espírito Santo, iniciada em 1566, a fonte das Portas da Moura e o chafariz da Praça do Giraldo, que data de 1570. A Universidade, bem apetrechada e com bons professores, tornou-se em pouco tempo um grande centro cultural, com projecção europeia. Foi, porém, encerrada em 1759 pelo Marquês de Pombal, que tão-pouco se inibiu de destruir parte da restante obra do cardeal, e esse facto acelerou de algum modo uma certa decadência da cidade.

Importante foco, especialmente durante a centúria de Quinhentos, de cultura e arte, Évora viu convergir para si artistas que deixaram o seu nome ligado a obras ainda hoje consideradas do melhor e mais representativo do seu género em Portugal. São disso exemplo os Arrudas, Afonso Álvares, António Álvares, Manuel Pires, Torralva, como arquitectos e construtores; Chanterene, escultor, e o flamengo Fr. Carlos na pintura. Mas outras figuras notáveis aqui viveram ou a Évora se ligaram. Gil Vicente, Garcia de Resende, Vasco da Gama, Clenardo, Jerónimo Osório, D. Francisco Manuel de Melo e, mais próximo de nós, Fr. Manuel do Cenáculo não desmerecem dos anteriores.

Monumentos das mais variadas épocas, alguns de grande representatividade, como marcos históricos e estilísticos, estão hoje integrados na paisagem citadina, de uma forma quase sempre feliz, embora essa integração tenha sido geralmente feita ao sabor do acaso ou das necessidades, sem grande esforço de programação. Partindo embora de uma evolução histórica longa, a arquitectura do passado, mais erudita, casa-se normalmente bem com os edifícios mais simples e modernos.

Embora a cidade tenha extravasado hoje o recinto de fortificação mais recente (fernandino e do século XVll) e crescido ao longo da estrada de circunvalação, o núcleo urbano propriamente dito está confiado ao interior das muralhas.

O interior da antiga muralha romano-medieval, da qual ainda restam alguns vestígios, terá constituído a primeira fixação urbana em que se estabeleceram os romanos, árabes e as primeiras ocupações cristãs. É o ponto mais elevado da cidade e nele se encontram os edifícios mais característicos, como é o caso do já referido templo clássico e principalmente a Sé, de estilo  romano-gótico, iniciada ainda no século Xll, mas donotando como principal campanha a do século Xlll. Templo grandioso e imponente de três naves com trifónio, e encimar o cruzeiro apresenta uma magnífica e original torre-lanterna que, com as duas desiguais da fachada, domina a paisagem urbana. Juntamente com a Sé, o antigo Paço Arquiepiscopal, hoje Museu Regional, e o conjunto dos Lóios — de uma primitiva construção gótico-manuelina, hoje aproveitada para pousada, pouco  resta — constituem um núcleo que, depois de desobstruído o templo romano das antigas casas da Inquisição que se lhe encostavam e rebaixado o largo circundante (1841), se tornou uma das zonas mais interessantes da cidade.

A cidade, certamente por pouco tempo, esteve confinada àquela primitiva muralha, tendo-se espalhado em seu redor e de tal modo crescido que no século XlV se tornou necessário rodear de novo a cidade com uma cerca, muito mais extensa que a anterior, e que ficou concluída no reinado de D. Fernando l. Esta cerca foi muito danificada durante as Guerras da Restauração, pois, embora D. João lV tivesse programado a construção de baluartes que reforçariam os muros fernandinos,  aqueles ainda não estavam concluídos aquando do ataque espanhóis. O invasor teve mais tarde necessidade de os voltar a edificar, pelo que ainda hoje restam algumas dessas defesas.

Espraiada assim a cidade em redor da primeira muralha, o seu crescimento foi certamente rápido, ainda que a Cerca Fernandina não fosse tão extensa como as fortificações que hoje a circundam.

Assim, com o extravasamento do agregado urbano para fora da primeira muralha, formaram-se as zonas urnanas que foram evoluindo de maneira diferente, embora mantendo não só um certo ar de família entre as várias partes da cidade, que nem mesmo os edifícios mais recentes conseguiram apagar, mas também alguns aspectos que denunciam as suas origens. São os casos dos Bairros da Mouraria (a norte da primitiva muralha, à volta da rua do mesmo nome) e da Judiaria (a ocidente da  Praça do Giraldo), que ainda revelam um cunho quase medieval, com suas ruas estreitas e habitações de tipo simples e popular.

Por outro lado, certos edifícios disseminados pela cidade, especialmente de carácter religioso, influenciaram, e influciam aina, de forma indiscutível o espaço urbano envolvente.

Sucede assim, nomeadamente, com a Igreja de São Francisco, construção do gótico final já com algumas características da decoração manuelina. Monumento importante da arquitectura eborense, denota grande simplicidade na traça da planta de cruz latina, com uma nave única e capelas laterias, alçados também simples e cobertura de abóbada de nervuras sem ogiva. Situa-se sobranceiro a um largo onde também tem lugar de destaque a Galeria das Damas. Trata-se do que resta dos Paços de D. Manuel l, residência da dinastia de Avis, importante edifício da arquitectura do reinado do rei que teve o cognome histórico Venturoso (embora iniciado anteriormente) e de forte influência árabe. Aliás, é de referir que Évora é talvez das zonas de Portugal em que nesta época o tijolo e a janela e arco mouriscos, foram utilizados de uma forma mais evidente. 

MONUMENTOS PRÉ-HISTÓRICOS:

CROMELEQUE E MENIR: a CERCA DE 12 Km a oeste de Évora encontra-se o mais importante e o  mais bem conservado cromeleque da Península Ibérica. Situado a 1,5 Km a sudoeste do monte da Herdade dos Almendres, é constituído por 95 blocos, co 1,5 a 2 metros de altura e 1 de diâmetro, dispostos num oval de 60 metros de eixo maior e 30m de eixo menor, orientada no sentido este-oeste, como a maioria das antas. Junto ao monte da herdade encontra-se um grande menir fálico isolado. Eleva-se a 3,5m do solo, devendo ter um comportamento total de 5 m, um diâmetro máximo de 1,2m e um peso de 10 a 12 toneladas. A sua ligação com o culto da fecundidade parece evidente.

NÚCLEO DOLMÉNICO DE GRAÇA DO DIVOR: Existem nesta freguesia cerca de 20 antas  bastante bem conservadas, das quais se destacam: a anta da Herdade de Paredes, situada na margem esquerda da ribeira de Paredes, a poente da estrada nacional nº 114-4, que tem uma câmara de sete esteios com chapéu "in situ", de 2 metros de altura, e corredor curto com uma laje de cobertura com 31 covinha; a anta 1 da Herdade do Silval, situada cerca de 500 metros a poente da anterior, mas na margem direita da ribeiro de Paredes, que possui uma câmara de sete esteiros, com 3 metros e igual altura, conservando o chapéu "in situ", um corredor de 4 m. e vestígios de mamoa, com 20 m. de diâmetro, considerada um dos mais importante dólmenes da região; a anta 3 da  herdade do Silval, situada 300m. a norte do monte Silval, junto à estrada, que conserva uma câmara de oito esteiros com o chapéu "in situ", com 3m de altura, mas pouco restando do corredor e da  mamoa; a anta 3 da Herdade de Alcanena, situada a sul da estrada nacional, na margem esquerda da ribeira de Almançor, junto de um grande sobreiro, que se encerra uma câmara quadrangular com chapéu "in situ" e um corredor pouco diferenciado da câmara; a anta 1 da Herdade da Segonheira, situada 700m a sudoeste da herdade, que tem uma câmara de sete esteiros, de 2 m. de altura, com chapéu "in situ". O corredor e a mamoa estão destruídos.

ANTA GRANDE DO ZAMBUJEIRO: É um dos maiores e mais belos dólmenes da Península Ibérica. Coberto por uma mamoa da qual só aflorava o chapéu e a extremidade de alguns esteiros, o monumento tem uma câmara, com 5 metros de altura e 3 de diâmetro, sete esteios e um corredor, com 10m de comprimento e 1,60 m de altura. Trata-se sem dúvida, de um dos mais altos monumentos deste género e dos mais harmoniosos.

CASTELO DO GIRALDO: Num pequeno cabeço coroado por um proeminente afloramento rochoso, dotado de excelente visibilidade e de defesas naturais, encontram-se abundantes vestígios de ocupação, que se prolongou desde o final do Neolítico (3.000 anos antes de Cristo) até aos tempos medievais, passando pelo final da Idade do Bronze. A forte muralha, com 40 metros de diâmetro, que coroa o cabeço assenta sobre estratos neolíticos, devendo datar do período da Reconquista, a julgar  pela abundante cerâmica medieval recolhida.

COROA DO FRADE: No extremo leste da serra de Montemuro, contram-se vestígios de uma vasta fortificação, composta por um recinto principal em forma de pêra, com 200 metros de eixo maior, reforçado por um outro recinto exterior. As escavações efectuadas, nas quais se puderam observar pavimentos de cabana e se recolheram várias armas e utensílios de bronze, objectos de adorno de âmbar, fibrolite, opala e grande variedade de cerâmicas, de que se destacam as de ornatos brunidos, identificaram as ruínas como pertencendo a um povoado do final da Idade do Bronze, ou seja 1.000 a 700 anos antes de Cristo. 

OUTROS MONUMENTOS:

CELEIRO COMUM: Instituído por D. Sebastião e transformado em 1777, apresenta fachada de estilo rocócó.

AQUEDUTO DA ÁGUA DE PRATA: Construído entre 1531 e 1537, tem 9 Km de extensão. A parte monumental do aqueduto, interrompida por torrões quadrangulares ou cobertos de cúpulas, fica compreendida entre São Bento e a cidade.

MURALHAS: Vestígios da grandeza militar de Évora, testemunham, apesar de arruinadas, a importância da cidade através dos séculos. Delas se destacam: a cerca romano-godo-muçulmana, da Alta Idade Média, com a Porta de D. Isabel, os lanços dos Colegiais, as torres da Rua Nova e da Selaria e a Porta de Moura, e a cerca nova, construída a partir do reinado de D. Afonso lV e concluída no século XlV, vastíssima, que teve 40 torres e 10 portas, das quais subsistem as Portas de Avis, da Lagoa, e do Moinho de Vento, além da torre de menagem do Largo de Alconchel, a mais sólida deste amuramento.

CASTELO VELHO: Parcialmente destruído em 1384, durante as lutas a favor do Mestre de Avis (mais tarde D. João l), dele apenas restam algumas ruínas.

CASTELO NOVO: Manuelino, construído em 1518, foi, no século XVlll, por cedência de D. João V, transformado em quartel.

TEMPLO DE DIANA: Évora conserva, da época romana, um dos templos mais completos da Península Ibérica. Dedicado ao culto imperial, é um templo períptero, isto é, rodeado nos quatro lados de colunas da ordem coríntia. O embasamento tem 25mX15 metros e 3,5 de altura. 

Carlos Leite Ribeiro

 

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