INTROSPECÇÃO

De tanto ser esmagado entre paredes de ingratidões
De sentir prevalecer injustiças sobre virtudes inamovíveis.
De sofrer massacres impiedosos no quadrilátero de meu mundo vazio;
Sinto-me como um farrapo humano, com minhálma a vagar nas trevas da solidão, com preguiça de viver e respirar.
Vivo só, a flutuar neste mundo vil desesperadamente, aguardando o melancólico e derradeiro dia a perambular, sem enxergar e sem sentir aquele feliz momento do meu extremo e derradeiro suspiro, o meu retorno ao
NADA ABSOLUTO

Luiz de Pádua

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