O TEMPO DO DESEJO

São onze horas da noite de uma sexta-feira fria na rodoviária ainda mais fria de uma cidade do sul de minas. O tempo estava chuvoso e a neblina cobria o estádio de futebol ali em frente. Chega um ônibus vindo do interior de São Paulo. Uma moça linda desce do ônibus, ela está totalmente agasalhada, mesmo assim poderíamos notar suas formas, os seus olhos verdes cansados se alegraram ao descer, seus cabelos claros e repicado balançaram parecendo uma gaivota a pousar. Ela carregava uma mochila azul e uma bolsa de couro. Um rapaz magro de estatura mediana se aproxima, os dois tinham a mesma altura, e num abraço longo seguido de beijos contínuos e eles se cumprimentaram, pareciam que não se viam a muito tempo. O casal sai da rodoviária com destino ao centro para procurar um hotel para passar a noite. Eles se conheceram há pouco tempo e era o segundo encontro deles. Eles moram em cidades diferentes e muito distantes um do outro. Ele se chamava Pablo e ela Cynthia.

O frio da noite fazia com que eles ficassem bem agarradinhos. Pablo carregava as bagagens e Cynthia abraçava-o e parecia sugar todo o calor do seu corpo enquanto caminhavam até o ponto de taxi. Enfim chegaram em um hotel, mal preencheram a ficha e entraram no quarto. Parecia que fazia mais frio dentro daquele quarto de hotel, os dois estavam semi molhados. Cynthia estava duplamente molhada. Pablo estava molhado e excitado, pois mal fecharam a porta do quarto e se atracaram em beijos “calientes”. Pablo a abraçou violentamente por trás, ela mal teve tempo de o abraçar, ambos estavam sedentos de desejo, aquele desejo parecia esta corroendo os órgãos como vulcão em erupção. Pablo a beijavam sucessivamente na nuca e num impulso fez com que ela abaixasse a cabeça virando-a em vários sentidos, suas mãos percorriam todo o corpo dela. Cynthia estava sem respiração, sentia o cheiro dele enquanto tentava acompanhar os seus movimento qual um pássaro com asas abertas. Então Cynthia o virou rapidamente num movimento sorrateiro e o puxou bruscamente para seu encontro, ele num relance a dominou e apoderou-se dos seus seios já arrepiados, os bicos eram rosados e estavam pontudos; naquele mesmo instante Pablo a beijava vorazmente. Eram línguas que se tocavam e se acariciavam. Frases de amor eram sussurradas no ouvido dela ... te amo... te quero... que saudades!... Porque você me deixa tão sozinho?... É tão bom estar assim contigo... Ela só podia dizer uma única frase que lhe veio na cabeça. “Me come!... me come Pablito!!! Pablo não sabia o que fazer, as suas mãos estavam encharcadas pelo líquido expelido por Cynthia. Os dedos dele massageavam o clitóris dela. A mão dele estava bem aberta um dos dedos tocava a vulva que parecia querer engoli-lo, mas ainda haviam as roupas, precisavam desfazer delas, aquelas roupas frias e molhadas até então ignoradas, porem não havia espaço pois as mãos invadiam as braguilhas e tinham destino certo. Cynthia sempre mais esperta e sedenta de desejos o empurrou para a cama e num piscar d'olhos desfez da calça de veludo que pablo usava. Claro que a calça ficara agarrada aos nos seus pés, pois ainda estava também com os sapatos. Todavia, ela não percebera, apenas agarrou o troféu de sua conquista com as duas mãos, com os lábios fazia carinho no membro ereto que pulsava fortemente tocando no céu da boca de Cynthia. Neste mesmo compasso ele a garrava os cabelos dela e parecia acompanhar todos os seus movimentos. Então ele a levantou tirou a bota, a calça e a meia-calça que já estava nos joelhos dela. Ela se esfregava nele enquanto o beijava. Uma pausa... ela o agarra e num pulo tal uma pantera negra em noite de lua cheia se entrelaça no tórax suado dele, sobe até sobre o colo de Pablo que cai sobre a cama indefeso. Estava ela ditando as regras do acasalamento felino, era ela quem entoava os movimentos,. pablo só podia acariciar suas nádegas, pois ela o espremia na cabeceira da cama e cavalgava em movimentos repetitivos em cima dele inerte e tremulo, ela parecia querer que ele todo entrasse para dentro dela... continuam os movimentos em oito... quatro... num ritmo frenético. Os olhos de Cynthia brilhavam parecia se desfalecer, a língua já não cabia dentro da boca que queria morder as orelhas e o pescoço de Pablo. Ela deixa os cabelos cair sobre o pescoço e desliza até o peito de Pablo que sorrir de prazer. De repente ela morde a orelha esquerda dele, parecia se deliciar lambendo o pescoço e dentro do ouvido dele, que já não conseguia nem gemer ou sorrir e... ele parecia não conseguir segurar o gozo. Todavia, não queria que acabasse aquele momento de prazer intenso. Cynthia diminui os movimentos e grita baixinho ao ouvido dele que o ama... que ele a deixa louca... ai.. ai... ai... tá... tá... tá... ai.. não para... mexe... mete... mexe... mexe... mexe Plablito. Então ela diminui e acelera os movimentos, chora baixinha e grita emocionada que está bom... indaga-lhe: não é bom?... que delícia... O prazer era tanto que ela tem uma seqüência de orgasmos, mesmo assim não quer parar. Pablo já não se continha, já não se agüentava naquele calor intenso, estava molhado de suor e sexo, e ele retira o pênis de dentro dela parecia estar assoprando-o, o membro estava quente, duro e grosso. Pablo a vira de costas rapidamente, naquele mesmo instante ele a penetra por trás e ela responde ao seu apelo com um longo e delicioso orgasmo. As lágrimas se misturavam com a saliva dos beijos que eles trocavam, quem estaria chorando? não se pode saber ao certo, mas os dois estavam extasiados, de repente tudo se para ambos haviam parado os movimentos, parecia que precisavam buscar o ar já tão escasso em seus pulmões. Ela voltar a se contorcer, parecia querer mais e mais. Então ele num movimento brusco retira o membro e a penetra logo em seguida, ela não sabe se grita de prazer ou dor, pois o membro estava enorme, duro e quente, parecia que o pênis estava inchando dentro dela, ela o sente pulsando... pulsando... e acontece o tão esperado momento sublime do amor masculino. Ele conseguiu retirar bem na hora e o líquido morno, claro e cremoso inundou a bundinha redondinha dela e escorria por suas coxas macias de pelinhos dourados. Ela sente o gozo dele como se fosse uma cortina da mais puro líquido, tal qual uma fonte, a fonte do desejo, fonte de todo seu prazer. Pablo então percebera que Cynthia se contorcia numa mistura de prazer e desejo, ele começa a recitar versos de desejos para ela enquanto suas mãos acariciavam suas pernas trêmulas. As rimas vinham como os orgasmos que ela sentia só de ouvir a voz suave e máscula dele. E os dois se amaram por toda aquela noite. O desejo não tem limite, o desejo não tem tempo. Inerte o tempo mudo calado o tempo do desejo. 

Thackyn (Eustáquio Mário Ribeiro Braga)
 
 

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