A minha separação conjugal ocorreu em Junho de 1978: senti como tendo sidouma grande libertação e a partir daí pude usufruir melhor a minha vida como um simples ser humano, à busca do seu conhecimento interior, valorizando-a como um tesouro.
De 1978 até a presente data a minha vida seguiu o mesmo cenário, priorizando o profissionalismo que me trouxe bem simbolicamente onde eu esteja hoje: sou professora/tradutora/de inglês-francês/escritora e amando lecionar e tratar com os seres humanos, cujo aprendizado é sempre enriquecedor e valioso.
Infelizmente, não tive nenhuma formação universitária, apenas um segundo grau completo e foram anos de luta árdua, onde eu pude me especializar em seguindo palestras/workshops para me aprofundar no ensino da língua inglesa e francês, para poder dar conta do recado ou como se diz em inglês, "to make ends meet".
Embora tendo sido criada em um colégio inglês na Alessandria, Egito, desde os meus cinco anos até os dezessete anos, aprendi muito mais dando aulas particulares de inglês e sentindo a doce necessidade de vencer. Lamentavelmente, a educação naquela época era muito repressora/castradora, e a criança obedecia rigorosamente a vontade dos pais. A grande maioria das pessoas foi altamente reprimida e pode se libertar com a análise que praticamente foi a nossa salvação. O desenvolvimento do adulto não é fácil, mas com certeza, é um valioso aprendizado.
Tenho uma filha, chamada, Dany, que é deficiente mental que está numa instituição há vinte anos, de quem eu me dediquei de corpo e alma, até o momento que eu resolvi colocá-la em um colégio onde ela teria uma assessoria melhor, no convívio com as pessoas iguais, não sentindo tanta marginalização no mundo. O nascimento da minha filha foi um constante crescimento para mim, fazendo com que eu me revelasse como ser humano, ao descobrir as minhas emoções.
A minha luta foi dura, mas me ergui, com a minha coragem e boa-vontade. Aprendi e digo para todos que o melhor lugar no mundo é o nosso "Home Sweet Home", que oferece tantas coisas boas: em sua tranqüilidade descobrimos que "a beleza de existir" é desfrutar da Vida as suas benéficas oportunidades.
Maryse Schouella