Não é tarefa fácil salvar a Amazônia.
Nos meus devaneios, confesso que a salvei. Reparei os erros dos homens, devolvi todos os troncos retirados. Membros decepados de um corpo que sente dor. Choram... O escorrer de lágrimas, inundava a mata coberta de folhas secas. Apagavam o incêndio, causado por homens de corações frios e cheios de ódio pela natureza. Sedentos em exterminá-la para ganhar o pão venenoso da miséria humana. O fogo da ignorância, intolerância e ganância, incendeiam folhas, lágrimas secas de árvores centenárias, ancestrais à existência humana.
Com qual poder ou permissão, homens cometem atrocidades contra a natureza... Poluem águas, derramam sangue venenoso, jogam vísceras podres, afogam impiedosos vilas inteiras para suas hidroelétricas... Somem as lindas cascatas...
Salvei a Amazônia sim.
Escrevi o poema, “Amazônia Deusa”. Devolvi seu poder, sua glória, sua auto-estima, sua beleza... Ela não mais poderá ser destruída. As palavras têm espírito e foram escritas. Amazônia Deusa, agora existe e está atenta a tudo e todos que a querem destruir. Sua energia latente, matará mentes dementes e mãos doentes. Todos a temerão. Não haverá homem a cortar seus membros, nem a fazê-la chorar. Ela se auto preservará porque Deusa é.
Sou feliz por tê-la salvo com meu simples poema que tanto bem me trouxe. Ganhei primeiro lugar no Concurso Literário do Portal do Poeta Avaniel Marinho/PE e recebi uma viagem inesquecível ao lado de meu marido.
Saímos ao encontro de Porto de Galinhas/PE, pura natureza deusa...!
Conhecendo o amigo e poeta Avaniel, tive a certeza que a literatura pode salvar não só a Amazônia, como todos males provocados por mentes conturbadas!
A insanidade não é dos poetas. Apenas conseguimos expor em versos a grande verdade já existente no universo e que muitos se negam a enxergar. Somos os candeeiros a clarear caminhos... Vozes a gritar músicas celestiais com a pena e o papel! Nossa missão é tornar possível o inimaginável. Dar fé aos corações...
Todos sentimentos aqui descritos, foram inspirados nas lembranças daqueles momentos em que observava o mar, no silêncio da varanda do meu chalé... saboreando um bom vinho ou apenas sentindo o sol acariciar minha pele!
Quanta beleza num simples poema! Recebi com ele o maior presente: conhecer pessoalmente quem eu já conhecia o coração!
Obrigada, querido amigo Avaniel Marinho!
Suas “Flores de Alfazema”, perfumam minha existência e embelezam a paisagem do meu caminho...!Ligia Scholze Borges Tomarchio