Literatura é Besteira
Era um nome besta. Porém, não se passa um só dia nesta minha vida besta, que não me lembre dele. O motivo não é besta. Foi ele quem me ensinou a escrever literatura. Como ele fez isto? Nem ele sabe. Era um dia besta e bestávamos todos buscando uma maneira besta de bestar a aula besta de português. As meninas bestavam de Stop enquanto os meninos bestavam sobre futebol. De repente, o professor pediu para que ele se prostrasse feito besta na frente da classe e lesse sua redação. Ele ficou abestalhado. Os meninos começaram a bestar dele, batendo suas mãos bestas nas carteiras. O professor o pegou pelo pulso besta e o levou até a frente da classe desembestada. Ele começou a ler aquela besteira. A redação tinha um título besta: “A festa de casamento”, e contava uma estória besta onde os convidados comiam um bolo estragado. De repente, quase no fim da estória, o professor pediu pra que ele pausasse a leitura e repetisse uma frase besta que estava no seu texto. A frase besta era: “O bolo causou polemica no estomago dos convidados”. Nunca vou me esquecer desta besteira. Nem de quão besta é a literatura.
Marcelo Ferrari