INDO EM BLOCOS

Às vezes, sinto que ir a Blocos é qual entrar no Palácio do Governo (de qualquer Estado), com a solenidade do momento imposto, ou encontrar um amigo agora político, bem na esquina, ou em uma Reitoria de Universidades afamadas, e ainda simplesmente entrar em sala de aula e aprender, entrar num templo, para orar ou contemplar, meditar, ou admirar obras de Arte; mas, também, visitar um Museum espetacular, um pequeno vergel japonês, com águas, ponte e carpas, estar num palco ou numa vitrina (por exemplo, quando a capa do vol. 5 da "SACIEDADE DOS POETAS VIVOS" - a já  renomada série de e-books cuja gênese foi antologia de papel -, traz meu nome).
Quando mandei frases sinceras sobre Blocos, participando do concurso permanente, e elas foram selecionadas, perguntaram-me: "mas você, a essas alturas, ainda participa de certames?" - "Sim , com gosto, respondi concludente. A atividade lúdica mantém as almas jovens. Concorrer nos traz o frisson da expectativa, a alegria leve e genuína de uma seleção. Tanto faz ao ser humano participar de um matemático e complexo  certame de xadrez, ou jogar damas com a criança da casa. Por certo, no segundo caso, a pessoa ainda se sente mais leve e alegre, porque descontraída.
Imagino-me a entrar numa grande Rede de Tv  e ter de obedecer a normas de segurança, de proteção ao que ali está: cenários, pessoas... E ao abrir-se o elevador, dar de cara com um amigo de adolescência, ator. Que gratificação inesperada!... Ou visitar uma grande quadra de Escola de Samba, os barracões de confecção dos carros alegóricos, ver os passistas com samba no chão, no pé, cabeça nas nuvens a esquecer o cotidinano tantas vezes acre dos brasileiros. Impossível não acompanhar: marcar compassos com as mãos, com o corpo, ou cantar, e deixar o coração regular-se ao som de uma cuíca, de tamborins... Quanta satisfação, ao sair, encontrar a filhota da vizinha fantasiada de baianinha a dançar no elevador... Entrar no cinema, no escuro, e ver, na grande tela, a imagem de uma cena extraordinária (pelo menos, extraordinária, até  então, quando um genial cinenasta a recrie para nosso prazer ou susto, e passe a ser banal, copiada, imitada, ordinária, no sentido de comum)... Depois, em casa, pés sobre a poltrona, encolhida sob um edredon de algodão, assistir a um DVD escolhido, talvez de mãos e pés juntos com o do bem amado: outros tipo de emoção, o diálogo na bandeja da alma, esperando para ser exercitado, os comentários quais canapés , prontos à degustação...
Toda esta beleza desfila por mim quando entro em Blocos e visito a Home - no sentido mesmo de espaço-de-lar, abrigo, tenda mágica das mil e uma noites, dos mil e um dias, mas com todas as emoções e sentimentos acima descritos por muitas sensações. E aqui se acrescente o Circo de Soleil, o Cercle des Ambassadeurs de la Paix, o Rio Jazz Festival, o Royal Ballet de Londres, o Ballet Brasileiro da Bahia, o grupo Corpo, os antigos e renovadores festivais de música, o curso de Física Quântica, com o indiano Rarbans, vestir-se de sol ou "ouvir estrelas...Tudo que me vem agora de momentos belos ou solenes ou simples e significativos. Assim , é  entrar em Blocos, hoje  com  "1.330.992.000 hits no último mês".
"Liindo", diz Leila - o que agrada minha alma menina - "seu poema sobre idosos, está publicado, com chamada de capa". Vou "correndo" conferir e me encanta a leveza da página, com ilustrações alegres. Aproveito para ler outros autores e então, lembram da entrada num templo?, pois é, colho dentre as centenas de flores, uma flor de lótus, na página de rosto abaixo, para, em chegando à grande porta, lançar pétalas para vocês sentirem, do  aroma de Blocos à sua textura.
Responsáveis pelo portal, a "Pequena Notável" genuinamente brasileira, a Leila Míccolis  das Letras, das Artes Cênicas, da beleza pura, e seu paladino, haikaista, webdesigner e outros talentos mais, o Uhra, Uhracy Faustino (autor de "Colibri Deflora os Chats"), dois grandes divulgadores culturais através de BLOCOSONLINE (experimente também procurar pela página de concursos, por exemplo, e a de datas comemorativas).
Ou seja: se você ainda não foi a BLOCOS, porque é GRANDE (lembram? "Que nem" um templo, um circo, um palácio, um museu... et blá-blá-blá...), saiba que lá é um lugar de estar para ser.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

« Voltar